Autor: Dyego dos Santos Silva
Orientadores: Vera Maria Martins Salim e Neuman Solange de Resende
Instituição: Programa de Engenharia Química / COPPE/ Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data da defesa: 04 de Março de 2020
Local da defesa: Programa de Engenharia Química / COPPE/ Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo: A demanda energética proporcionada pelo crescimento socioeconômico, em conjunto com as crescentes preocupações climáticas, tem incentivado a busca por alternativas energéticas mais sustentáveis. Diante deste cenário, a redução fotocatalítica de CO2 se apresenta como uma alternativa atraente, pois além de usar CO2 como matéria-prima e produzir combustíveis e químicos de alto valor agregado, ainda almeja empregar uma fonte energética renovável que é a luz solar. Visto isso, este trabalho visa contribuir com o avanço no desenvolvimento de materiais a serem empregados como fotocatalisadores. Para isso, foi estudado o comportamento das hidroxiapatitas dopadas com ferro em um processo de fotorredução catalítica de CO2 com H2, por meio de espectroscopia no infravermelho por reflectância difusa com transformada de Fourier. Os fotocatalisadores apresentaram superfície específica na faixa de 32,60-128,00 m2.g-1 e valores de energia de bandgap compreendidos entre 2,08 e 4,92 eV. A ausência de fases segregadas nos resultados de DRX, indicou a dispersão do ferro na estrutura da hidroxiapatita. Nos testes de desempenho, a formação de H2O, CO e O2 foi detectada para todos os fotocatalisadores. A partir da avaliação dos espectros no infravermelho, foram sugeridos três possíveis mecanismos de reação. A obtenção de CH4 e C2H4 foi observada para os teores de ferro de 10 e 26,6%, indicando que hidroxiapatitas com alto teor deste metal são fotocatalisadores seletivos à formação de hidrocarbonetos.

Palavras-chave: Redução Fotocatalítica de CO2 / Hidroxiapatita / Ferro / DRIFTS

Incorporação de Ferro em Fotocatalisadores de Hidroxiapatitas Aplicados à Fotorredução de CO2 com H2

Nome do aluno: Vanessa Neves Chermaut da Costa
Orientadores: Cristiane Assumpção Henriques e Edisson Morgado Jr
Data da defesa: 27 de fevereiro de 2019
Local da defesa: PPGEQ/IQ/UERJ – Rio de Janeiro

Resumo: O processo de craqueamento catalítico em leito fluidizado (FCC) é um dos mais rentáveis processos de refino ao contribuir de maneira eficaz no ajuste da produção ao transformar correntes de menor valor agregado em frações como nafta e GLP. Este processo consiste na quebra de hidrocarbonetos de alto peso molecular, presentes nos gasóleos e resíduos, por ação de um catalisador microesférico a base de zeólita Y, em altas temperaturas. Tal reação ocorre em segundos e o catalisador sofre deposição de coque, o qual é removido por combustão na etapa de regeneração térmica sob fluxo de ar, gerando o catalisador de equilíbrio de FCC (e-cat). O e-cat circula no processo de forma cíclica e seu repetido contato com a atmosfera hidrotérmica do regenerador, associado a metais contaminantes, leva à sua progressiva desativação de modo irreversível. Para recuperar a atividade do e-cat e compensar perdas no processo, o inventário circulante é alimentado periodicamente com catalisador fresco, o que provoca variação na idade das partículas que compõem este inventário. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do nível de concentração de níquel e vanádio em e-cats comerciais sobre seu desempenho catalítico quando testados em laboratório usando carga real das refinarias. As amostras foram caracterizadas quanto à composição química e através de métodos estatísticos foram classificadas em três grupos que se distinguem pelo nível de contaminação por metais. Foram selecionadas amostras representativas de toda a faixa de variação de metais contaminantes de cada um dos grupos. Além da medição de suas propriedades texturais, as amostras foram submetidas a avaliações catalíticas em unidade conhecida como Advanced Catalytic Evaluation (ACE), com a mesma carga de gasóleo e mesmas condições de craqueamento. A fim de investigar o efeito do envelhecimento das partículas no desempenho do catalisador, uma amostra de e-cat foi fracionada através do método de separação por diferença de densidade. As frações obtidas também foram avaliadas em termos de suas propriedades texturais e desempenho catalítico em unidade ACE. A partir dos resultados obtidos foi possível observar, para os diferentes níveis e faixas de contaminação, o impacto no desempenho catalítico, principalmente na conversão e na geração de coque e hidrogênio, não só da variação dos metais, foco desse trabalho, como também de outras variáveis como efeito da matriz e a interação entre metais.

Palavras-chave: FCC. E-cat. Avaliação catalítica. Níquel. Vanádio. Separação por Densidade

Autor: Manuela Lisboa de Oliveira
Orientador(es): Dr. Luiz Antônio Magalhães Pontes e Dr. Ronaldo Costa Santos
Instituição: Universidade Federal da Bahia
Regional: Nordeste
Data da defesa: 27 de abril de 2020
Local da defesa: Salvador - Bahia, Brasil

Resumo: O teor de compostos sulfurados presentes nos combustíveis, utilizados em motores automotivos de combustão interna, tem sido, cada vez mais, controlado devido a regulamentações ambientais mais rígidas em vigor em diversos países. A redução de compostos tiofênicos, em particular, apresenta alto grau de complexidade devido a estabilidade eletrônica do anel aromático. Desta forma, há uma busca por processos e materiais mais limpos, com elevada seletividade, viabilidade econômica e que possibilitem a redução dos tiocompostos com formação de H2S ou através da abertura do anel, proporcionando a formação de produtos de cadeia aberta mais facilmente eliminados. Neste contexto, este estudo avaliou as transformações do 2-metiltiofeno, como composto modelo em uma corrente de n-hexano, utilizando argilas ativadas pilarizadas e incorporadas com zinco, visando avaliar a abertura do anel tiofênico e a formação de H2S. As modificações texturais, estruturais e físico-químicas foram analisadas por DRX, Fisissorção de N2, FRX, MEV, TG, DRIFTs – C5H5N, TPD – NH3 e TPO. Os catalisadores foram avaliados em uma unidade de laboratório dedicada, exclusivamente, a estudos de transformação de moléculas sulfuradas. As reações ocorreram a temperatura de 450°C, sob pressão atmosférica, com velocidade espacial de 0,83 s -1 . As argilas foram modificadas a partir da incorporação de pilares de alumina e impregnação de zinco. A acidez do catalisador e as reações secundárias de transferência de hidrogênio foram avaliadas e relacionadas à formação dos produtos. Catalisadores com maior razão de sítios ácidos de Brønsted/Lewis promoveram as reações de transferência de hidrogênio, favorecendo a produção de H2S, enquanto que, aqueles com maior quantidade de sítios ácidos de Lewis favoreceram a formação de mercaptanas. As argilas pilarizadas levaram a formação preferencial do 2-propanotiol, enquanto que, as argilas não pilarizadas formaram mais H2S. O catalisador mais seletivo para formação de 2-propanotiol foi o Zn/KSF-PILC (67%), enquanto que, a KSF e a Zn/KSF formaram mais H2S (94% e 88%, respectivamente).

Palavras-chave: Argilas pilarizadas (PILCs); Abertura de anel tiofênico; 2- metiltiofeno; 2-propanotiol; H2S

Autor: Nina Wargas de Faria Roma Bulcão
Orientador (es): Prof. Victor Teixeira da Silva e Dra. Maria Auxiliadora S. Baldanza
Instituição: Programa de Engenharia Química/COPPE/UFRJ
Regional: Rio de Janeiro/Espírito Santo/Parte de Minas Gerais
Data da defesa: 22/02/2019
Local da defesa: UFRJ

Resumo: O presente trabalho teve como principal objetivo a preparação de nanoesferas de sílica revestidas com camadas de carbono de diferentes espessuras (20 nm e 30 nm) e seu uso como um novo suporte para a reação de Fischer-Tropsch (FT). Como fase ativa foi empregado o cobalto (5% m/m). Os suportes normalmente utilizados na reação de FT são óxidos que podem interagir fortemente com as fases ativas levando à formação de compostos mistos inativos. De forma a diminuir a interação metal-suporte, fez-se uso de suporte de carbono, enquanto a esfera de sílica contribui para a resistência mecânica do material e controle da espessura da camada de carbono. Através dos resultados de microscopia comprovou-se a formação de diferentes espessuras de camadas de carbono depositadas sobre nanopartículas de SiO2. Avaliou-se a influência da camada de carbono na atividade e seletividade na síntese FT, e os resultados indicaram que a sua presença diminuiu a formação C26+ favorecendo a formação de hidrocarbonetos mais leves, inclusive gasolina e diesel. A diferença nas espessuras de camadas de carbono não mostrou influência sobre a formação de produtos na SFT. A camada de carbono também foi posteriormente funcionalizada por introdução de grupamentos ácidos com o uso do H2O2 (30%), e verificou-se que a acidez introduzida no suporte promoveu o craqueamento dos produtos mais pesados formados na faixa do C26+.

Palavras-chave: Fischer Tropsch, Sílica revestida por carbono, Espessura da camada de carbono

Nanoesferas de sílica recobertas por carbono

Autor: Claudio Roberto Almeida de Abreu.
Orientadores: Fabio Souza Toniolo, Priscilla Magalhães de Souza.
Instituição: Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Data da defesa: 20/02/2020
Local da defesa: Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Resumo: Este trabalho avaliou o desempenho de catalisadores de níquel e rênio suportados em carvão ativado na hidrogenação do furfural (FAL) a álcool furfurílico (FOL) e do ácido levulínico (AL) a gama-valerolactona (GVL). Os catalisadores foram sintetizados por co-impregnação ao ponto úmido visando obter teores nominais de 5% (m/m) Ni e 0; 0,5; 1; 2 ou 5% (m/m) Re. Para a caracterização dos materiais, utilizou-se as técnicas de fisissorção de N2 a 77 K, difração de raios X, redução à temperatura programada, análise termogravimétrica, e quimissorção de CO. Os testes catalíticos foram conduzidos em um reator batelada a diferentes temperaturas (60-150 oC para o FAL e 60-120 oC para o AL) e pressões de H2 (10-30 bar para o FAL e 20-40 bar para o AL) em fase aquosa. Evidenciou-se a formação de uma liga metálica Ni-Re, ao passo que a adição do Re diminuiu a redutibilidade do Ni. Verificou-se um aumento da dispersão metálica (10% para 18%) com o aumento do teor de Re, exceto para o teor de 5% de Re (8%). Na hidrogenação do FAL, os catalisadores com melhores desempenhos foram 5%Ni-5%Re/C500 (conversão = 79%, seletividade = 91%) e 5%Ni-5%Re/C350 (conversão = 85%, seletividade = 97%). Na hidrogenação do AL, esses catalisadores também apresentaram melhor desempenho (conversão = 72%, seletividade = 97%). A temperatura de calcinação mostrou-se um parâmetro importante para a estabilidade dos catalisadores: após quatro ciclos de reuso, o catalisador 5%Ni-5%Re/C350 perdeu 60% de atividade na conversão do FAL e 53% na conversão do AL, enquanto o catalisador 5%Ni-5%Re/C500 apresentou pouca perda de atividade (7% para o FAL e 4% para o AL).

Palavras-chave: Hidrogenação, Furfural, Álcool Furfurílico, Ácido Levulínico, Gama-valerolactona, Catalisadores Ni-Re.

Síntese de catalisadores de níquel e rênio suportados em carvão ativado para a hidrogenação do furfural e do ácido levulínico

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